domingo, 17 de fevereiro de 2019

Esforço e dor vs Êxito

O esforço e a dor são precisos para o êxito, nós pais devemos deixar que os nossos filhos aprendam a superarem-se nas suas próprias dificuldades, os obstáculos, podem parecer insuperáveis e muito dolorosos. É exactamente isso que as nossas crianças precisam, para que cada dia sejam mais fortes.

Na natureza o ato de dar a vida é muito doloroso e difícil. A maioria dos pais, cometem o erro de tentar ajudar os seus filhos a ultrapassar as dificuldades, retirando do caminho as pedras por eles. Ao fazerem isso, não são conscientes do mal que lhes fazem, pois anulam as suas capacidades como seres humanos, limitando-os de tal maneira, que se tornam crianças incapazes de gerir desafios e decisões, porque a palavra esforço para elas não existe. Desconhecem por completo, e nós pais com o pretexto de não querer que os nossos filhos passem pelas mesmas dificuldades que nós passamos, estamos a criar uma geração de pessoas dependentes, inseguras e pouco ou nada produtivas.

O nosso papel é preparar os nossos filhos, no processo de aprendizagem pela vida, dar-lhes conselhos baseados na nossa experiência e vivências adquiridas, por termos passado pelas mesmas dificuldades, porque, isso é a vida.

Os pequenotes têm de aprenderem a resolver os seus próprios problemas e saberem identificar qual são os factores que os provocam, e serem capazes de resolve-los e encontrarem a maneira de continuarem em frente. Estes processos confronta-os com situações que não conseguem evitar, devem aprender, crescer e transformarem-se, e a maioria das vezes o tem de fazerem sozinhos, porque essa evolução, só dependem de eles e de mais ninguém.

O esforço é imprescindível para aprender e lograr o êxito, é o factor determinante para atingirem os seus objectivos, pois impulsionam e sustenta-os na acção, também os ajuda a valorar as coisas, pois o que se consegue com esforço, tem um sabor e um valor especial. É um ingrediente fundamental para o êxito, que esta ao alcance de todos.

No dia 10 de Fevereiro de 2010, ou seja oito meses e dois dias do Henrique Alves ter nascido, o pirralho, chega-me a cozinha a gatinhar a alta velocidade, sentando-se a seguir e observando o que estava a fazer, reparou que o biberão da água estava em cima da cadeira, a poucos metros de onde ele se encontrava. Começou a pedir-me que lhe desse água, virei-me e pus-me de cócoras, olhei para o biberão e diz-lhe com ar sério “queres água, levanta o cu do chão e vai tu busca-la.” A reacção do Henrique deixou-me perplexo e encheu-me de alegria, ao ver o bebé, primeiro com uma cara de espanto, na altura pensei iria chorar, e a seguir pondo as mãos no chão, tentava levantar-se de uma maneira desajeitada e algo trapalhona e começou a cambalear-se em direcção a cadeira.

A minha primeira reacção foi a de protege-lo da mais provável e eminente queda, mas ouve em mi uma curiosidade em saber se o desafio que coloquei, este o superaria ou não. Passados poucos segundos, o meu coração se inundou de uma imensa alegria e orgulho ao ver a cara do meu filho bebendo água com uma satisfação como nunca tinha visto.

Com o narrado nestes parágrafos, quero ajudar a todos os pais que por vezes, tem atitudes menos adequadas na formação dos seus educandos, sem terem a noção que estão a deixar sem “defesas” as pessoas mais importantes das suas vidas.


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