O esforço e a dor são precisos
para o êxito, nós pais devemos deixar que os nossos filhos aprendam a superarem-se
nas suas próprias dificuldades, os obstáculos, podem parecer insuperáveis e
muito dolorosos. É exactamente isso que as nossas crianças precisam, para que cada
dia sejam mais fortes.
Na natureza o ato de dar a vida é
muito doloroso e difícil. A maioria dos pais, cometem o erro de tentar ajudar
os seus filhos a ultrapassar as dificuldades, retirando do caminho as pedras
por eles. Ao fazerem isso, não são conscientes do mal que lhes fazem, pois
anulam as suas capacidades como seres humanos, limitando-os de tal maneira, que se
tornam crianças incapazes de gerir desafios e decisões, porque a palavra
esforço para elas não existe. Desconhecem por completo, e nós pais com o pretexto
de não querer que os nossos filhos passem pelas mesmas dificuldades que nós
passamos, estamos a criar uma geração de pessoas dependentes, inseguras e pouco
ou nada produtivas.
O nosso papel é preparar os
nossos filhos, no processo de aprendizagem pela vida, dar-lhes conselhos baseados
na nossa experiência e vivências adquiridas, por termos passado pelas mesmas
dificuldades, porque, isso é a vida.
Os pequenotes têm de aprenderem a
resolver os seus próprios problemas e saberem identificar qual são os factores
que os provocam, e serem capazes de resolve-los e encontrarem a maneira de
continuarem em frente. Estes processos confronta-os com situações que não conseguem
evitar, devem aprender, crescer e transformarem-se, e a maioria das vezes o tem
de fazerem sozinhos, porque essa evolução, só dependem de eles e de mais
ninguém.
O esforço é imprescindível para
aprender e lograr o êxito, é o factor determinante para atingirem os seus
objectivos, pois impulsionam e sustenta-os na acção, também os ajuda a valorar as
coisas, pois o que se consegue com esforço, tem um sabor e um valor especial. É
um ingrediente fundamental para o êxito, que esta ao alcance de todos.
No dia 10 de Fevereiro de 2010,
ou seja oito meses e dois dias do Henrique Alves ter nascido, o pirralho,
chega-me a cozinha a gatinhar a alta velocidade, sentando-se a seguir e
observando o que estava a fazer, reparou que o biberão da água estava em cima da
cadeira, a poucos metros de onde ele se encontrava. Começou a pedir-me que lhe
desse água, virei-me e pus-me de cócoras, olhei para o biberão e diz-lhe com
ar sério “queres água, levanta o cu do chão e vai tu busca-la.” A reacção
do Henrique deixou-me perplexo e encheu-me de alegria, ao ver o bebé, primeiro
com uma cara de espanto, na altura pensei iria chorar, e a seguir pondo as mãos
no chão, tentava levantar-se de uma maneira desajeitada e algo trapalhona e começou
a cambalear-se em direcção a cadeira.
A minha primeira reacção foi a de
protege-lo da mais provável e eminente queda, mas ouve em mi uma curiosidade em
saber se o desafio que coloquei, este o superaria ou não. Passados poucos
segundos, o meu coração se inundou de uma imensa alegria e orgulho ao ver a cara
do meu filho bebendo água com uma satisfação como nunca tinha visto.
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